quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dia 22 (05)

Localização: Entre Manaus e Santarém

É uma pena que não sabemos quando aquele dia que acorda será foda. Hoje acordei na correria pra arrumar mala, comprar coisas pra comer no barco, tirar dinheiro e pegar o barco. O stress se apoderava de mim. Quando enfim entrei e me ajeitei no barco, dei uma de paulista e fiquei angustiado com o barco não sair. Ainda mais porque caiu uma chuva que eu achei que não teria visibilidade. Quando saiu, relaxei.
Desde já, notei a diversidade de cores que seria viajar nesse barco. As redes não se repetem, cada uma tem uma cor diferente, parece combinado.  Junto a isso as pessoas convivem em uma proximidade que considerava ate então impossível. Todos se encostam, se cheiram, se sentem. Lembrei daquela musica d’O Rappa “Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta.” Se o trópicos não favorecem a criação de filósofos, criam-se humanos. A comunhão pacifica e bela que todos vivem é fantástica.
Se não fosse pela quantidade de crianças seria perfeito...
Para completar tal cenário, fui premiado com um pôr-do-sol de beleza impar – mal sabia eu os pores-do-sol que eu veria – ao pé da minha janela amazônica. Simplesmente indescritível.
Quando comecei a escrever ainda extasiado havia uma amostra de sol e um senhorzinho ao meu lado disse: “O que é aquele clarão? Será que é uma cidade?” Disse que era o sol, incrédulo disse que já era noite. Não sei se convenci que aquela beleza era o sol. Agora já é noite, o breu domina.
Játirei uns cochilos na rede. Não sei como vai ser a noite inteiro, depende de varias coisas, principalmente do humor dessas crianças.
Pretendo ver o nascer do sol... Amanhã conto como foi a noite e se vi o nascer...

Um comentário:

  1. excelente a sua experiencia. Por que não continuar contando a sua experiência em São Luis; aNTONIA

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