quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dia 09


Tratarei aqui sobre minha próxima viagem.
Meus planos são passar natal e ano novo em Salvador/BA com a tradição família e propriedade e depois ir pra Manaus/AM pra fazer o mochilão até São Luís/MA. Mas qual não foi minha surpresa agora ao procurar passagens de avião e todas estarem a um preço abusivo. Perdi meu chão, fiquei sem saber o que fazer. Tinha passagens que faziam escala aqui em SP!!! Ficar horas e horas a mais no avião de bobeira é foda!
Minha primeira idéia foi descer até aqui com minha família que estaria de carro e pegar um avião. O que seria muito cansativo pelas quase 30 horas num carro. Tem a possibilidade também de inverter e fazer São Luis – Manaus, desse jeito eu pegaria um ônibus de SSA até S. Luis seriam umas vinte e poucas horas também de buraco, pelo que eu imagino. E ainda teria o problema das viagens de barco serem mais demoradas no sentido contrario a correnteza. Trajetos que duram 3 dias em media no caminho contrario podem durar até uma semana, são dias de viagem perdidos.
Não sei o que fazer, to pensando alto aqui... Salvador Manaus é inviável, não deve ter nem ônibus...
Alguma sugestão galera????
Vai umas fotos dos absurdos que eu to pensando em ver...
A primeira é da Reserva Mamirauá em Tefé/AM, depois Alter do Chão em Santarém/PA e por último Lençóis Maranhenses.Obvio que as fotos não são minhas...

P.s.: Tá com erro na quebra de linha, não sei como arruma, podem ajudar também quem tiver alguma ideia!
http://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/01/1f/3b/90/sunset-on-lake-mamiraua.jpg
http://www.uruatapera.com/admin/imagens/galeria/27200791332Santarem%20Alter%20do%20Chao.jpg
Fonte: http://www.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/Northeast/Maranhao/Lencois_Maranhenses/photo195049.htm

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dia 08


Canoa Quebrada/CE... é a prima menos bonita de Jericoacoara, é quase Rio Grande do Norte já. Cheguei lá no dia 30 de Dezembro e como anunciado em todos os cantos seria muito difícil achar algum quarto livre, não tem nem albergue lá, rodei a cidade inteira, procurei nas ruas mais quebradas possíveis e o mais barato que conseguir foi um quarto com banheiro privativo(!!!!!) e um ventilador fraco, mas sem café-da-manhã, por 300  até o dia 02/jan, uma facada, foi a diária mais cara que paguei, sendo que cheguei a dormir em quarto com ar-condicionado.
Cheguei lá ainda embriagado por Jeri e tudo comparava, posso ter perdido muito dela por isso, mas não tinha como. O lugar é muito bonito, como vocês podem ver pelas fotos, mas não é meu clima de lugar. Muito família, CVC way of life, sabe? Uma vibe de musicas erradas no ano novo, só serviu pra agravar meu desgosto pelo meu próprio aniversario. 
É bom lembrar que eu tava com um semanarréia fudida que foi durar até Pipa/RN, provavelmente não tava nos melhores dias pra curtir um rastapé desnecessário no ano novo e qualquer ônibus da CVC acabaria com meu humor.


 Essas primeiras fotos são logo que cheguei lá e me aloquei no quarto, era finzinho de tarde, por isso dessa lua marota aparecendo durante o dia. São fotos de uma parte superior da praia principal, onde tem uma galera que fica saltando dela a preços abusivos, como na primeira foto.
 
Já essas são no dia 31 e fazia um sol absurdo!!!! As fotos ficaram muito boas e o lugar é bonito pra caralho, tudo é uma praia só que muda de nome e até de cidade, vila ou sei lá o que... Fui andando por um longo caminho, pelo que fiquei sabendo fui até outra cidade, tudo porque no meio do caminho não tinha água pra beber, fui uma hora e pouco pra ir e mais isso pra voltar. Longe, rapá!
 Famosa critica social que não pode faltar, mas lá a miseria extrema é menor do que a que vi no Morro, possivelmente pelo riqueza extrema também ser menor.
Essas fotos são de um passeio que fiz no meu querido aniversario (consegui desconto por isso, hahahahahaha) ia até o encontro de um rio com J lá e o mar. Bem bonito e bem legal nadar no rio, devia ter pra mais de três metros de profundidade e a densidade da água era mais alta, por isso mais fácil boiar.
Mas o que mais mexeu comigo foi essas hélices de capitação de energia eólica. Que todos achamos super verde, energia barata sem danos sócio-ambientais, mas pelo que os nativos me falaram é muito pelo contrario. Para serem feitas é preciso fazer cortes no terreno para planificar e obviamente tirar pessoas que moram lá. Levando as dunas estarem mais sujeitas aos ventos e acabam invadindo a cidade. E o mais legal, é de propriedade de uma empresa estrangeira que VENDE para o governo estadual e federal quando estes precisam de energia. Só fudeu com a região. Até turisticamente é meio chato, porque é muito grande, cada poste tem uns 100 metros de altura e mais um tantão de diâmetro.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dia 07: IFCHSTOCK


Estou pensando em escrever esse post desde quinta quando meu mundo caiu (MATARAZZO, Maysa), mas não tinha cabeça, vontade, sei lá... Mas agora vou me forçar a relatar os acontecidos pelo meu ponto de vista.
Estávamos todos em mais um belo dia de Unicamp em nossas vidas, quando não mais que de repente chega à nossas mãos um “Note Bem” com o titulo “Justiça proíbe IFCHSTOCK”. Que era um anuncio da comissão de impressão da Unicamp informando do processo da AMOCú contra a universidade e sobre todas as ordens do querido juiz. Num primeiro momento achei que era uma piada de gosto duvidoso, mas me convenci com o tempo. Mas pensei “Bora lá fazer o rolê acontecer agora, né!”.
Mais de repente ainda começa o fato, policia está no CACH, ai é fudeu! Os gambé estavam fazendo valer a ordem judicial e tudo que pudesse ser ligado a festa seria confiscado e deveria ser designado um nome pra boi de piranha. Após uma pequena discussão decidimos tirarmos nos mesmos “o crime”. Hoje vejo como sendo esse O ERRO. Ao não irmos para o confronto impossibilitamos por tempo indeterminado o acontecimento de qualquer festa no campus. Mas foi o que fizemos agora devemos pensar a partir disso.
Após hooooooras de trampo, carregando coisas pra fora da Unicamp, ainda fizemos uma assembléia extraordinária que tiramos um ATO/FESTA pra logo depois. E isso aconteceu acompanhado da vista simpática de quatro viaturas e 12 policiais. Superamos e a sexta-feira chegou junto com a noticia de que haviam tipo batidas em republicas, Limeira e outros institutos da Unicamp e alunos da Economia estavam correndo risco de serem denunciados pelo próprio diretor do IE sobre nomes de prováveis organizadores de um encontro de baterias ano passado.
E hoje teve reuniões e Assembléias espalhadas pelos institutos. Os alunos do IE decidiram um ato em frente a sala da congregação que levaria aos nomes dos alunos, mas dando uma aula de truculência do diretor dela disse “No, no, no pode” (leia com sotaque argentino) e com a bateria eles inviabilizaram a continuidade da reunião (foi majestoso, todo mundo do IFCH ficou de carão com aquilo) e partiram para uma assembléia de ultima hora pra decidir os procedimentos a serem tomados e ai vou falar que foi meio fracasso; muita confusão, tirou-se uma greve sem pensar muito no que fazer e no futuro da luta. Não tenho noticias precisas de depois das 17h. Sei que amanhã ocorrerá várias movimentações no campus... Não podemos perder o bonde da história, galera!

Esse é o desenho do leão mais lindo do mundo! Aproveito pra dizer que as camisetas ainda estão sendo vendidas

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dia 06

Esse post vai ser curto... não to lá afim de escrever e Fortaleza também não entra nas minhas capitais nordestinas favoritas, nem de longe coitada. Nem foto vai ter, por causa da já contada historia da lan house de Natal.
A viagem começou lá. No fatídico dia 22 de Dezembro de 2009. No aeroporto fui descobrir os albergues que tinha lá e por sorte o serviço da Secretaria de Turismo era muito bom. Consegui vários números de albergues, um não servia café da manha(triste) e outro tava lotado. Fui para o da Praia da Iracema, era suuuuuuuuuuper simples, tinha sido credenciado a HI, mas perdeu. O serviço era médio, não deixava nada a desejar, mas também não era maravilhoso. Mas melhor que o alemão de Jeri (que também era credenciado, mas duvido muito que consiga). Fiquei lá duas noites antes de ir pra Jeri e uma antes de ira pra Canoa(esse noite foi tensa, contarei outro dia).
A praia de Iracema faz jus ao nome e é bem bonita. Mas muito pouco aproveitada pelos turismo e poucas barracas só algumas no começo ou no fim. Tem muitos prédios na orla o que fica meio estranho. Tem também a praia famosa lá que é do Futuro. Cheia de turistas, resorts, hotéis... coisa bem CVC mesmo... Me fizeram tanto drama do perigo de assalto que entrei no mar com a mochila na cabeça, cena deplorável. Mas o acesso foi bem sussa num busão de 4 conto eu acho.
Achei bem legal o Centro Cultural Dragão do Mar, que é nada mais que um centro cultural. Tem vários barzinhos, restaurantes, barraquinhas de tudo, teatro, cinema e um OBSERVATÓRIO, que não fui por questão de horário. Mas deve ser legal e estão planejando fazer um aquário fudidão lá. Havia também um rua lá que tinha umas casas de comédias, mas não bateram o horário, falaram que é bão também.
Pra mim, Fortaleza é um lugar pra rever os amigos de Jericoacoara e fazer escala pra lá. Turisticamente, ao meu gosto, não tem muito o que fazer.
Por hoje é só pessoal!
Próximo post sobre Canoa Quebrada, com boas emoções!

domingo, 17 de outubro de 2010

Dia 05


Após essa nada digreção sobre as pessoas de Jericoacoara, vamos discuti-la quanto ponto turístico. Essa discussão poderia ser muito breve: 100% de aproveitamento. Como disse no post anterior, para chegar lá você pega um ônibus em Fortaleza e vai até Jijoca e lá pego a jardineira (quebra-ovos), que vai pelas dunas e praias até o vilarejo. É uma miragem no meio do deserto. Sem brincadeira do alto das dunas dá pra ver que não tem nada até perder de vista.
Pronto (cearenses usam pronto como virgula), você chegou na vila. Conheceu a rua de baixo e a principal. A vida urbana Jeri é isso, sem mais. Fui lá no natal e por causa dos feriados ficava proibida a entrada de carros sem ser de moradores na vila. A melhor coisa que a prefeitura pode fazer, aquilo com carro deve ser pior que Ubatuba no Ano Novo com chuva. Transformando as noites em momentos mais calmos e tranqüilos e a circulação de pessoas segura.
A noite na vila é basicamente dois barzinhos/baladas que ficam tocando musicas da forma mais bagunçada possível e pequenas barraquinhas que ficam vendendo batidas, cervejas e qualquer outro entorpecente que você pode imaginar. AH! Tem um glorioso recinto que depois das duas horas tem um forro para rolar aquela intimidade gringo x nativa, não ousei entrar, tinha um nome muito bizarro que não me lembro.
Os pontos turísticos dela são cinco, que eu me lembre. A própria praia, sim, só tem uma praia na vila, o que é bom porque você encontra todo mundo da noite anterior lá. É bonita sem duvida nenhuma, mas a praia em si não é nada de mais... O foda é o envolta dunas, serra...
Tem o Serrote que é uma formação rochosa (Google) atrás da vila, mas alto que as dunas que na minha idéia permita a formação delas por proteger do vento que é grandioso no Ceará. Não fui lá por pura preguiça e vontade de economizar dinheiro. Porque ou se anda muitooooo ou paga um carro ou burro.
Jericoacoara ficou muito famosa por causa da Pedra Furada. Que não é nada mais que uma pedra furada pelo vento e mar. E em determinada parte do ano o sol se põe entre o furo. O que deve ser muito interessante, mas não é em Dezembro. Não gostei, achei sem graça, cheio de turista sujo e chato. O caminho de lá é fodasticamente mais interessante, inclusive na hora que fui, por volta das quatro da tarde.  Essas três fotos são, respectivamente do caminho pra lá e da dita cuja! Por causa desse bando de turista foi a melhor foto que consegui tirar! Os CVCers ficavam se revezando para tirar foto no buraco, totalmente last season! Mas o caminho as fotos falam por si mesmas...



Ai vem a gloriosa e fenomenal Duna do Pôr-do-sol! Por azar do destino perdi todos as fotos de Jericoacoara e Fortaleza, por causa de uma maldita lan-house em Natal. E por isso não tenho muitas fotos de Jeri, só as que coloquei no twitter na época e assim não tenho fotos do pôr-do-sol em si. Mas confiem na minha palavra. É absurdo estar sentando no alto dessa duna de uns 20 metros e ficar vendo o sol descer no mar, quase dá pra escutar Ele queimando. É emocionante! E depois descer as dunas correndo é tão divertido quanto.  Fica uma galera sentada na beira olhando o acontecimento em silêncio e ao contrario de Salvador, não fazem a desnecessidade de bater palma, pra quem eu lhes pergunto! A foto que tenho da duna é essa ai embaixo, dá pra ter uma idéia do tamanho.
Todo dia quero voltar pra esse lugar maravilhoso. Ao sair de lá tive medo de não gostar mais de nada. De tudo ser feio perto daquilo. Nada chegou perto, só o Morro de São Paulo, mas mesmo assim valeu a pena conhecer outros lugares que vão aparecer aqui.  

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia 04

Jericoacoara, o que falar de Jericoacoara de Jijoca no Ceará! Foi lá que percebi que estava em um mochilão de fato. Apesar de ter começado a viagem no dia 22/12/2009 em Fortaleza, foi somente em Jeri que vivenciei o conceito de mochilão por completo.
Em Fortaleza, já tinha pego busão com a mochila nas costas, andada, andada atrás do albergue, caçado comida barata e de qualidade (não duvidosa). Vi belas praias, conhecido alguns pontos turísticas, flertado com unas chicas.
Mas foi após horas no busão e pegar algo que eles chamam de jardineira, que nada mais é que um trator com banquinhos pra galera sentar, no meio das dunas e da praia, um verdadeiro quebra-ovos o negocio! 
Já no ônibus conheci três pessoas que me marcaram muito, muito mesmo! Laércio, Marcelo e Bárbara. Estes e depois com a chegada Tiê e do Tony. Foram pessoas incríveis, conheci eles dia 24/12, a noite já estávamos no chalés que eles estavam hospedados na “ceia” de Natal. Conheci esses caras em tão pouco tempo e já se tornaram grandes amigos e marcaram muito. Apesar do Tony ser um “Cowboys Fan”...
E ainda teve os venezuelanos, que no primeiro momento achamos que era pai e filha, mas para surpresa geral da nação, BAN! Era um casal! Ele era um empreiteiro de uns 50 anos, anti-chavista, com muita grana e ela uma venezuelana MARAVILHOSA, beirava a perfeição. Foi uma das mulheres mais bonitas da viagem e tinha inacreditáveis 22 anos(L). Mas o que importa é que ele pagou uma tarde de cerveja pra mim, Laércio e Marcelo.
Em Jericoacoara teve cada personagem que eu deveria ter tirado uma foto de cada pra guardar! Tem o senhor que proclama ter 42 filhos, uns já aposentaram outros tem poucos mais de meses...E ele no auge dos seus 70 e poucos comendo camarão cru todo dia, segundo ele fonte de sua virilidade.
Tinha o Luiz (acho que era esse o nome dele) que era pai de uma prima, amiga sei lá o que da Bárbara, que eu não conseguia entender como podia ter sido pai, porque era uma BIXONA! Pelo que eu entendi, ele era casado e tudo e ai de repente decidiu sair do armário! Foi pra Las Vegas e foi parar em Jeri com uma barraquinha de batidas na “night”. Uma figura!
Ah, vi o Vinny...Lembra “O mexe a cadeira”, vi ele, mulher e filho....
Almoçávamos todo dia no mesmo restaurante, 7 conto um PF! Era uma maravilha, quantidades perfeitas e bundantes de comida e muito caseira! Com a galera que tava, sempre com muita cerveja!
Acho que vou fazer mais um post sobre Jericoacoara amanhã, com uma analise turística do lugar mesmo. Vai só uma foto pra constar:

Essa é a foto que acho a mais bonita de toda a viagem! É nas Dunas-do-pôr-sol, o sol está se pondo ali no mar nas costas do garoto e ele olhando pra alguma coisa que não sei o que era. Não sei quem é esse menino, se é brasileiro, nada...
No próximo post falarei sobre as dunas, o pôr do sol...


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dia 03

 Olha o Morro ai de volta, galera!
 
Finalmente as tão sonhadas praias do Morro! O legal das praias de lá são os nomes super criativos. São 5 praias, e elas são 1º praia, 2ª praia, 3ª praia, 4ª praia e 5ª praia (que tem um nome, mas sucumbiu à criatividade). Mas vamos concordar pra que ficar gastando tempo nos nomes das praias com esse sol, céu, areia, água é coisa de paulista chato. Tomar uma cerveja na segunda praia é mais importante que o nome dela!
E a ordem do nome é pelo que vocês tão vendo mesmo, a primeira é essa mais próxima, a segunda com as mesinhas de praia e assim por diante. Na quarta praia, aquela que não dá pra ver, tem piscinas naturais onde é otimo pra mergulhar, ou era...
A foto foi tirada na maré cheia, por isso que dá pra ver essas pedras, normalmente não dá. Eu particularmente gosto mais assim.

 
Essa foto é de uma ilhazinha que tem enfrente a terceira praia. Desde pirralho eu ficava falando: “Pai, vamo pegar um caiaque e ir até lá!!” Ele ficava fazendo coisas de pai, falando que eu não ia agüentar, não ia dar pra voltar antes da maré encher blá blá blá. Ai, quando fui em 2008, a primeira coisa que fiz ao chegar no morro foi negociar com os carinhas do caiaque. E lá fui eu, super cedo, mas cada remada valeu a pena! A vista da ilha é fantástica, tem esse coqueiro que teima a resistir no meio da ilha e dá pra mergulhar no entorno dela. Fantástico!

Essa é uma vista da Vila a noite. É basicamente isso, restaurantes de gringos, gaúchos e paulistas, barraquinhas de bugigangas e comida de argentinos e hippies em geral. É bem animado até umas 22h depois o “point” é ir pros luais da segunda praia que acontecessem praticamente todo noite no verão. O que posso recomendar é pastel do Fon, um argentino que veio visitar o Morro uns 20 anos atrás e trouxe mulher e filhas (que filhas) e vende pastel na praça, tocando violão e sua mulher cantando e na praia durante o dia vende os mesmo ao som de “FOOOOOOON”.
Ah, eu não contei que no morro NÃO entra carro! É o melhor de tudo, uma paz e calma impressionante. Todo transporte é feito de carriola e pra lixo trator.



Como não poderia faltar, a critica social! Essa é a parte de trás do Morro. Na frente, turistas e donos dos comércios gringos e sulistas moram, passam férias, gastam e ganham seus Euros e o valorizado Real. E ai na “favela do Morro” vivem os carregadores de malas, pras madames, os garçons e garçonetes, as faxineiras das pousadas e dos hotéis, pescadores, guias turísticos. Muitos desses nunca foram nem em Salvador, às vezes nem saíram da ilha. Parece um pedacinho do sertão baiano, mas ainda é o paraíso na Terra!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dia 02

Cacete, fui olhar as fotos da viagem que fiz pro Morro de São Paulo/BA em janeiro de 2008 pra escolher para o primeiro post sobre uma viagem de fato. E percebi quanto tempo faz e quanto mudei, não sei se pra melhor. Solteiro, quinze(!!!) quilos a mais, o cultivo de uma barba e o fundamental, um óculos de sol novo!
Além disso, fiquei assustado a quantidade que tenho e elas estão boas. Por isso, ia colocar só uma ou duas e acabei fazendo uma compilação de fotos e vou falar um pouco de cada uma. 

Essa primeira foto foi tirada ainda no barco, chegando no Morro. Pra quem não conhece (infelizmente a maioria não teve o prazer de conhecer essa maravilha da natureza), é uma ilha que pertence a cidade de Cairú e que as formas de acesso são através de barco/lancha de Valência, ou catamarã/lancha de Salvador e por mais afortunados tem um avião que sai diariamente de Salvador que pousa na Segunda Praia.
Isso tudo pra dizer que essa foto é da lancha vindo de Salvador, é o Forte de Morro de São Paulo, diz as más línguas que foi construído quando D. Pedro II ia a ilha e depois foi usado como defesa na IIWW. Mas hoje o que destrói ele é as ondas do mar, mesmo.


 
Essa vista é exatamente o oposto. É do Forte para o mar e pro porto de lá, que é ali onde tem esses barquinhos e acho que dá pra ver uma passarela. Super jovem... O Forte têm o melhor pôr-do-sol da ilha, tem algumas pessoas que não acham, que curtem o do Farol (mas é tão longe que prefiro do Forte). Mas ir ao Farol, ficar sentadinho esperando depois de um dia de praia e depois ir comer alguma coisa na vila é fenomenal. 

Essas duas ultimas fotos são ainda do Forte. Sim! Eu adoro lá. Têm um clima tão calmo, silencioso, o mar, as pedras, os coqueiros. Parece meio freudiano, mas adoro esses coqueiros.

Amanhã colocarei, mais fotos da Vila e das praias... Hoje só foi aquecimento com o melhor lugar de lá, mas os outros são tão foda quanto. Ficou grande, mas a paixão pelo lugar passa por gerações na família.


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia 01



Este post não é sobre um mochilão, mas foi uma puta viagem!! Sábado, dia 09 de outubro, fui ao SWU para assistir Rage, com meu miguxo Jelther (isso mesmo J-E-L-T-H-E-R). Começarei falando sobre as criticas que tenho ao SWU. A começar sobre essa balela eco capitalista, isso não existe. Esse movimento verde estilo PV é pra quem não reflete sobre o assunto.
Agora, tratando da organização, foi um desastre. Erros infantis, quem já organizou um churrasco com sete pessoas não cometeria aqueles erros. Desde poucos caixas com filas para pegar a fila pra pegar comida ou bebida até casas de som com altura de prédios de três andares, passando por má distribuição espacial das pessoas para o show e recorrentes problemas de som, durante o principal show da noite.
Porém o show do RATM foi do caralho, absurdo, fudido. Banda impressionantemente animada, contagiante e acima de tudo REVOLUCIONARIA! Abertura com aquele estrela vermelha, sirene tocando é destruir. Playlist muito bem escolhida, feita pro show e pro publico. O hino da Internacional tocando, pra poucos que sacaram, foi de arrepiar (♪“Ni en dioses, reyes ni tribunos, está el supremo salvador.  Nosotros mismos realicemos el esfuerzo redentor.”)
Mas ao acordar no outro dia tive um lampejo que explicava tudo. Aquele momento foi a provação do Estado de Natureza Hobbesiano. No começo do show era uma guerra de todos contra todos, onde cada um tentava por suas próprias forças e com liberdade absoluta garantir sua própria sobrevivência. Na eminência de uma possível destruição completo de lugar e da humanidade ali presente, foi necessário que o Zack de la Rocha pedisse calma  e compreensão de todos para que o show pudesse continuar. Ao perceber a morte individual batendo a porta, todos por puro egoísmo, acalmaram-se e foi possível curtir o show da melhor forma possível. Desta forma está criado um pacto do povo com seu Leviatã (Zack).
A foto foi tirada do meu celular no final do show do Rage para sentir um pouco da pegada que foi o negocio. Não sei quantas pessoas tinham, mas foi gente pra caralho.
Prometo que no próximo post será um foto de viagem e falarei sobre. Mas era importante retratar a viagem que foi a raiva contra a maquina.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dia 0 (Zero)


Mais uma tentativa de blog, vamos ver se essa dá certo, finalmente. O objetivo principal desse blog é colocar fotos que tirei viajando e falar de algumas coisas que ainda lembro dos momentos, pessoas, sensações. As vezes também posso usar pra expressar alguma idéia, pensamento, desejo, anseio ou qualquer coisa do tipo, só as vezes.
“40 dias” é por ser o tempo que durou minha última viagem em dez/2009 e jan/2010 e por também achar que é a melhor duração possível de uma viagem, não cansa, dá saudade das coisas de casa e quando se volta pra casa dá vontade de viajar mais ainda.
Meu tipo de viagem é basicamente de mochileiro. Dinheiro contado, albergues, mochilão nas costas, pouca comodidade, maioria dos transportes de ônibus(ou barco no caso da próxima viagem), as vezes conquista-se uma caroninha esperta...
Considero já ter feito duas mochiladas: a primeira em 2008 para Salvador e Morro de São Paulo, com minha namorada na época; e a outra foi esse do verão 09/10, que foi conheci do Ceará a Bahia, passando por todos as capitais dos estados compreendidos nessa região e algumas cidades interioranas.
Tenho uma paixão declarada e imensa por nosso grandioso sub-continente latino-americano. Do Rio Grande ao Terra do Fogo, tudo me interessa, tudo me conquista e quero conhecer. Por enquanto, estou focado no Brasil e por regiões, o projeto é conhecer todas aqui e depois partir país por país nesse mais belo continente.
Por isso, a primeira foto, não é foto, mas representa meu sentimento e minha fonte inspiradora.